A Coreia do Sul disse nesta quarta-feira, 29, ter chegado a um consenso sobre os detalhes de um acordo comercial há muito aguardado com os Estados Unidos, durante a visita do presidente Donald Trump ao país, garantindo concessões sobre quanto dinheiro precisaria investir em território americano.
O acordo dos EUA com a Coreia do Sul foi fechado após meses de negociações. Antes da visita de Trump, as expectativas eram baixas quanto à conclusão de um acordo comercial. A Coreia do Sul havia concordado com uma estrutura de acordo em julho, mas os dois lados tiveram dificuldade em chegar a um consenso sobre os detalhes da exigência de Trump de que a Coreia do Sul se comprometesse a investir US$ 350 bilhões nos EUA.
Horas depois de a Coreia do Sul ter anunciado o acordo, a Casa Branca divulgou um documento com algumas compras planejadas de equipamentos e energia americanos por parte dos coreanos, bem como alguns investimentos dos EUA em empresas coreanas. A Korean Air, companhia aérea nacional, comprará 103 aviões da Boeing, segundo o documento.
Até esta quarta-feira, as negociações estavam paralisadas, em grande parte por conta da cláusula de investimento. Os Estados Unidos queriam um investimento em dinheiro, mas a Coreia do Sul expressou preocupação de que comprometer uma quantia tão grande pudesse desestabilizar sua moeda.
De acordo com Kim, os Estados Unidos agora reduzirão as tarifas de importação sobre produtos sul-coreanos de 25% (em vigor desde agosto) para 15%. Além disso, ele disse que os Estados Unidos concordaram em aceitar investimentos em dinheiro de até US$ 20 bilhões por ano, reservando outros US$ 150 bilhões para investir em suas operações de construção naval americanas.



